Tomando dois táxistas como referência, pode-se observar o grau de satisfação profissional e a relação com trabalho de algumas
pessoas. No primeiro, o taxista é um
infeliz por realizar atividades fora da sua vocação e a prova está na forma
como realiza o seu trabalho sem tato, delicadeza, parece aborrecido e a sua
fala resume tudo o que pensa do seu
trabalho: “Essa não é a minha praia.” O outro é centrado e realizado; embora
fora da sua função natural, não sente logrado seu êxito, por não estar tirando
da vida o que desejava e que a principio teria direito. Faz o serviço com
alegria, trata os passageiros com fineza e dirige dentro de um padrão de equilíbrio
exigido para a convivência pacifica numa cidade como o Rio de Janeiro.
Percebe-se que não basta a
relação de atributos e qualidades que o profissional precisa ter, aparentar e
fazer, para ser bem sucedido na profissão que escolhe. É preciso ter satisfação
e essa satisfação é analisada sob três esferas de percepção humana, ou seja,
como a pessoa se percebe, como os outros a percebem e que aproximação há entre a
atividade desempenhada e os seus valores pessoais. Esses fatores influenciam
muito mais na satisfação profissional do que a remuneração, a função que
desempenha e o lugar onde se trabalha.
Conhecer a si mesmo, saber o
que gosta de fazer, descobrir os seus talentos, ponderar e observar se o que mais
gosta de fazer poderia ser a sua atividade
profissional e ao mesmo tempo, perceber esse trabalho se completa com os seus
valores ou com aquilo que você acredita. Essa deveria ser a reflexão feita no
momento da escolha da profissão.
Também, deve-se pesquisar o seu
futuro empregador, saber quais são os valores, a cultura e a política da
organização; as pessoas deveriam trabalhar onde se sente bem e realizar as
atividades propostas com tanto prazer que não perceba o tempo passar. Pena que
nem todos consigam.
Quando a pessoa consegue
fazer essa reflexão de maneira consciente e alcança esse patamar, com certeza,
terá êxito no processo da escolha profissional; saberá se posicionar quanto
vocação e terá a satisfação de desempenhar a atividade profissional de modo
prazeroso.
Isaias Lima de Menezes
BIBLIOGRAFIA:
LEIDER,
Richard J. & CHAPIRO, David A. “Esta não é a minha viagem” e “Por que você
está fazendo isso”. In.:________________ “Assobie enquanto trabalha”. Rocco.
São Paulo, 2003. p. 101-103 e118,119
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