As desculpas mais constantes dos crentes não
dizimistas que tenho ouvido são as seguintes:
1. Meu salário é pequeno. Não dá para as
minhas necessidades.
2. Minhas despesas são muito grandes. Nem sei
como calcular os meus dízimos.
3. Estou construindo minha casa; ou: estou
comprando uma propriedade e tenho de investir tudo nesse negócio.
4. Sou dizimista... de coração.
5. Mês que vem... prometo a Deus que darei o
meu dízimo.
6. Não dou o dinheiro porque não concordo com
este ou aquele gasto que a igreja faz.
7. Não concordo com o dízimo. Não vejo
fundamento para o dízimo no Novo Testamento.
8. Eu contribuo segundo proponho no meu
coração.
O dinheiro é meu e eu gasto como quero. Há
ainda os que não são dizimistas mas também não apresentam qualquer motivo.
Entre os que oferecem várias das desculpas acima, temos encontrado aqueles que
têm uma vida financeira particular e familiar completamente desorganizada.
Estão sempre pagando suas contas com atraso. Vivem sacando “vales” e tomando
dinheiro emprestado. Cremos que a omissão nas contribuições para igreja, neste
caso, não é falta de doutrina, nem de amor à causa, mas simples desorganização
da vida financeira. Pois justamente esses crentes é que deveriam ser os mais
assíduos dizimistas, porque a fidelidade na mordomia traria, como conseqüência
natural, a ordem e a prosperidade, em cumprimento às promessas do Senhor na sua
Palavra.
O dízimo é uma questão de fé. Não é uma
questão de matemática. Na matemática da incredulidade, quem dá mais fica com
menos. Na matemática da fé, quem dá mais fica com mais. Basta ler Malaquias
3.10.
O problema de muitos crentes é que eles ainda
conservam alguns resquícios do tempo da sua incredulidade, como por exemplo, a
idéia de que o que damos para a igreja é um favor que estamos fazendo; o apego
às coisas materiais, aos bens terrenos, como se a nossa segurança espiritual
também dependesse dos recursos materiais; esse comportamento na verdade ainda é uma certa dose do egoísmo próprio da pessoa
não regenerada e, finalmente, a falta de uma experiência pessoal de viver pela
fé, ou seja, obedecendo à Palavra de Deus e tomando parte no plano de Deus para
a salvação do mundo.
O crente não dizimista está fazendo uma inversão de valores.
Está dando mais valor aos bens materiais
do que aos bens espirituais. Os bens materiais são transitórios, perecíveis. Os
bens espirituais são eternos. Não constitui bom senso sacrificar bens
espirituais por causa dos bens materiais.
Se a aquisição de bens
materiais afasta o crente de Deus e prejudica sua vida espiritual trazendo
tristeza, solicitude, mundanismo, então esses bens materiais são uma maldição e
não uma bênção. Mas se o crente é fiel na sua mordomia, entrega os seus dízimos
com amor, com alegria, cooperando para a extensão do reino de Deus, então a sua
prosperidade material será acompanhada de alegria, confiança em Deus e
crescimento espiritual.
Pr. João Falcão Sobrinho
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